terça-feira, 12 de março de 2013

Delegado contesta álibi de Mizael Bispo e diz que não seria possível pegar prostituta em poucos minutos


Reprodução/TJ-SP Antônio de Olim presta depoimento desde as 9h40 desta terça-feira
O delegado responsável pela investigação da morte de Mércia Nakashima, Antônio Assunção de Olim, disse que Mizael Bispo não ficou dentro de seu carro estacionado na porta do Hospital Geral de Guarulhos durante as horas em que a vítima foi assassinada. Ele ainda afirmou que duvida que o policial reformado esteve em companhia de uma prostituta durante este período.
Mizael Bispo está sendo julgado desde esta segunda-feira (11), no Fórum Criminal de Guarulhos, na Grande São Paulo. O júri deverá durar cerca de cinco dias. Este depoimento é o primeiro que o réu assiste de dentro do plenário, já que nesta segunda-feira (11), ele ficou fora da sala a pedido das testemunhas.
— Ele não sabia o nome da mulher e, só depois de muita pressão, lembrou a cor do cabelo. Depois deu apenas R$ 20. Além do que, é estranho transar em um lugar de tanto movimento, sem chamar a atenção.
Ainda de acordo com o delegado, Mizael diz que passou por uma determinada rua para pegar esta prostituta, porém o rastreador de seu carro não aponta esta parada.
— O réu diz que em dois ou três minutos conseguiu pegar essa mulher. O local não é ponto de prostituição e não tem ponto de ônibus. É uma via de acesso ao aeroporto, com muito movimento.
Suspeitas contra Mizael
Logo após o crime, o policial reformado não era visto como suspeito, segundo a primeira testemunha deste segundo dia. De acordo com Olim, a polícia acreditava que Mércia havia sido sequestrada, porém, com o passar do tempo, as pistas apareceram e Mizael se tornou suspeito. Olim ainda disse que o acusado fugiu depois da polícia solicitar a chave de seu carro para a perícia.
Além disso, a testemunha disse o policial reformado usou um telefone frio para conversar com também acusado de participar do crime, o vigia Evandro Bezerra da Silva. Logo depois do crime, o réu se desfez do telefone, explicou o delegado.
Ligação com Mizael e Evandro
Para o delegado, não há dúvidas de que o vigia, Evandro Bezerra da Silva, foi buscar Mizael Bispo na represa de Nazaré Paulista, onde Mércia Nakashima foi morta. Segundo ele, os dois se falaram por telefone por 16 vezes no dia do crime.
Além disso, Olim negou que Silva tenha sido torturado para dizer que foi pegar o policial reformado na cena do crime. 
— Essa história de tortura só apareceu no segundo depoimento dele, já aqui em São Paulo. Ele já havia dito isso em Sergipe quando foi preso.

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