A
participação da mulher no mercado de trabalho já está mais do que
consolidada e isto modificou o estilo de vida das famílias paraibanas e
seus hábitos de consumo. Segundo o sócio-diretor do Data Popular, Wagner
Meirelles, nos últimos 20 anos, a mulher brasileira incrementou sua
renda em 84% - contra o percentual de 45% dos homens. Além disso,
espera-se para este ano uma massa de renda feminina que supera R$ 1
trilhão.
“A mulher vem
reagindo melhor às mudanças do país do que os homens. Elas deverão
consumir mais, porque não tinham acesso a tantas coisas como têm agora”,
afirma o pesquisador.
Na Paraíba, de
acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego, consolidados na
Rais, de 2006 para 2011, 60 mil mulheres ingressaram no mercado de
trabalho (+30,04%). A taxa de participação feminina ficou em 42,47% em
2011, enquanto os homens contabilizaram 57,58% dos empregos do Estado.
No ano de 2006, havia 200,569 mil mulheres no mercado de trabalho com
carteira assinada na Paraíba, enquanto em 2011 esse número passou para
260,831 mil.
Para o
pesquisador Marcos Pazzini, diretor do IPC Maps Editora, este acesso das
mulheres ao mercado de trabalho é uma realidade que agrega renda ao
domicílio, propiciando à família novos hábitos de consumo, como
aquisição de veículo próprio, alimentação fora de casa, aquisição de
eletrônicos. “Este aumento de renda e aquisição de novos itens de
consumo faz com que ocorra o processo de migração social positiva, ou
seja, deslocamento de domicílios da base para o centro da pirâmide
social, o que tem sido chamado pela imprensa como 'nova classe
emergente'”, comenta.
Este processo,
segundo ele, é positivo para a economia local, pois gera consumo e faz
com que o círculo virtuoso 'emprego gera renda que gera consumo'
aconteça e atraia a atenção de novos varejistas e investidores.
Além de estar
no mercado de trabalho, Wagner Meirelles pontua que a mulher constatou a
importância da educação para ascensão profissional. “Ela foi para a
universidade, conseguiu um emprego com salários melhor e com garantias e
isto faz com que compre mais”, diz.
EMPREENDEDORAS
Outra vertente
benéfica da atuação feminina é o empreendedorismo. De acordo com
Meirelles, elas são proativas com o Estado e grandes gestoras. “Muitas
das micro e pequenas empresas mais recentes contam com a gerência de uma
mulher.
Quer dizer,
elas geram renda para si e para a comunidade, contratam funcionários e
criam uma cadeia de consumo sem fim”, acrescenta.
Vencedora da
categoria “Pequenos Negócios” na etapa estadual do Prêmio Sebrae Mulher
de Negócios, Clair Leitão é um dos casos de sucesso de empreendedorismo
feminino da Paraíba.
Contadora e
economista, a empresária abriu a primeira empresa de contabilidade em
1999, após ter passado por dois escritórios da região.
Atualmente a
Clair & Leitão tem faturamento anual em torno de R$ 1, 7 milhão e é
considerado um dos maiores escritórios de contabilidade pública do
Estado da Paraíba.
“Hoje, com o
meu exemplo, mostro a todos que com persistência e autoconfiança, se
atinge o sucesso. E mais, provei para os meus antigos colegas de
trabalho que os meus sonhos da hora do cafezinho foram realizados com
ética e dignidade”, destaca a empresária.
JP Online
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