sábado, 9 de março de 2013

Mulheres avançam 30% em postos de trabalho na Paraíba



A participação da mulher no mercado de trabalho já está mais do que consolidada e isto modificou o estilo de vida das famílias paraibanas e seus hábitos de consumo. Segundo o sócio-diretor do Data Popular, Wagner Meirelles, nos últimos 20 anos, a mulher brasileira incrementou sua renda em 84% - contra o percentual de 45% dos homens. Além disso, espera-se para este ano uma massa de renda feminina que supera R$ 1 trilhão.

“A mulher vem reagindo melhor às mudanças do país do que os homens. Elas deverão consumir mais, porque não tinham acesso a tantas coisas como têm agora”, afirma o pesquisador.

Na Paraíba, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego, consolidados na Rais, de 2006 para 2011, 60 mil mulheres ingressaram no mercado de trabalho (+30,04%). A taxa de participação feminina ficou em 42,47% em 2011, enquanto os homens contabilizaram 57,58% dos empregos do Estado. No ano de 2006, havia 200,569 mil mulheres no mercado de trabalho com carteira assinada na Paraíba, enquanto em 2011 esse número passou para 260,831 mil.

Para o pesquisador Marcos Pazzini, diretor do IPC Maps Editora, este acesso das mulheres ao mercado de trabalho é uma realidade que agrega renda ao domicílio, propiciando à família novos hábitos de consumo, como aquisição de veículo próprio, alimentação fora de casa, aquisição de eletrônicos. “Este aumento de renda e aquisição de novos itens de consumo faz com que ocorra o processo de migração social positiva, ou seja, deslocamento de domicílios da base para o centro da pirâmide social, o que tem sido chamado pela imprensa como 'nova classe emergente'”, comenta.

Este processo, segundo ele, é positivo para a economia local, pois gera consumo e faz com que o círculo virtuoso 'emprego gera renda que gera consumo' aconteça e atraia a atenção de novos varejistas e investidores.

Além de estar no mercado de trabalho, Wagner Meirelles pontua que a mulher constatou a importância da educação para ascensão profissional. “Ela foi para a universidade, conseguiu um emprego com salários melhor e com garantias e isto faz com que compre mais”, diz.

EMPREENDEDORAS
Outra vertente benéfica da atuação feminina é o empreendedorismo. De acordo com Meirelles, elas são proativas com o Estado e grandes gestoras. “Muitas das micro e pequenas empresas mais recentes contam com a gerência de uma mulher.

Quer dizer, elas geram renda para si e para a comunidade, contratam funcionários e criam uma cadeia de consumo sem fim”, acrescenta.

Vencedora da categoria “Pequenos Negócios” na etapa estadual do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, Clair Leitão é um dos casos de sucesso de empreendedorismo feminino da Paraíba.

Contadora e economista, a empresária abriu a primeira empresa de contabilidade em 1999, após ter passado por dois escritórios da região.

Atualmente a Clair & Leitão tem faturamento anual em torno de R$ 1, 7 milhão e é considerado um dos maiores escritórios de contabilidade pública do Estado da Paraíba.

“Hoje, com o meu exemplo, mostro a todos que com persistência e autoconfiança, se atinge o sucesso. E mais, provei para os meus antigos colegas de trabalho que os meus sonhos da hora do cafezinho foram realizados com ética e dignidade”, destaca a empresária.

JP Online

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